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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

TEMPLOS


A verdadeira grandeza do homem não está em sua habilidade para domar ou defender a natureza, mas em sua capacidade para enxergar-se parte dela e domar a si mesmo. 

A natureza não está dentro ou fora de nós, pois somos parte dela. E é nela que devemos buscar o nosso único e legítimo templo de integração com Deus. 

A humanidade tem, ao longo de milênios, erigido templos de pedra, frios e vazios, sem a fé que transforma e o amor que purifica. São templos onde Deus não entra, onde o sagrado não habita, onde O que é não está. 

Esses templos são templos dos homens para si mesmos, para o seu orgulho e a sua vaidade. Templos erguidos para esconder a sua falta de fé e protegê-los de sua própria consciência. 

Em templos assim, eles tentam provar a si mesmos o quanto são superiores e o quanto estão mais próximos de Deus. E, quanto mais o fazem, mais inferiores e distantes se sentem. Sem perceber que, dentro deles, vão se tornando cada vez mais frios, mais cegos, mais inflexíveis às mensagens de Deus que estão lá fora na natureza rústica e selvagem, como foi criada. 

Em cada árvore, um Orixá. 

Em cada gota dágua, um Buda. 

Em cada rocha, um profeta. 

Em cada estrela, um Anjo. 

Em cada nuvem, um Santo. 

Em cada trovão, um Mestre. 

Em cada chama, uma Divindade. 

Na lua, uma deusa. 

No sol, um deus. 

E, e em tudo, assim como em nós, o Deus, o mesmo Deus que criou tudo, desde os grãos de areia até as estrelas, dando a tudo a mesma força e o mesmo tamanho, fazendo de tudo o seu grande e perfeito templo único. 




 
 


 

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